quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Ermida de São Bento





A Ermida de São Bento, situada na coroa roqueira da mamôa natural, na linha frontal da porta da vila, foi fundada em fins do século XVI, princípios do século XVII, com a contribuição de vários anónimos moradores do arrabalde da vila.No período da Guerra da Restauração, foi englobada no novo sistema defensivo de Monsaraz, preconizado por Jean Gilot, que previa a sua integração no perímetro abaluartado, em redente de três revelins.Exteriormente, a Ermida apresenta uma frontaria, bastante sóbria, de grossa alvenaria rasgada pela portada de lintel. Na fachada Oeste, erguem-se os compartimentos adjacentes, que integram o casario da capelania, o acesso ao púlpito e a sacristia. No lado Este, subsistem ainda restos de tijoleira da antiga espadana.Interiormente, é dividida em nave única, de planta rectangular, e capela-mor, quadrada, cuja cobertura hemisférica, tipo de construção bastante implantada na região com a designação de “cuba”, está parcialmente coberta de pinturas murais datadas de 1629, cujo valor se afasta em muito do atingido nas pinturas da Cuba de São João Baptista, nitidamente realizados por um artista com maiores recursos. Nela estão representados medalhões elípticos, centrando os símbolos de São Bento – a mitra, o báculo, o cálice e a cruz da Ordem de Avis, numa composição naturalista, ao gosto barroco, marcada pela influência simultânea dum espírito religioso e pagão, que numa relação de complementaridade, caracteriza toda a religiosidade popular alentejana.

Texto retirado do site da C.M.R.M., e de acordo com o comentário de um leitor anónimo este texto 
pertence a Tulio Espanca.

Nota: Recuperação de um post publicado em Setembro de 2005.
Para quando a recuperação da Ermida de S. Bento?

3 comentários:

fotArte disse...

É verdade... estou bem lembrado desse post.
E digo o mesmo:
Para quando a recuperação desta Ermida?
Até dói o coração ver este património ser relegado para um esquecimento absurdo.
Parabéns, António, por levantar a voz sobre este assunto.
Não sou natural de Monsaraz, mas nem por isso deixo de ser português!
Um forte Abraço e bem-haja pela oportunidade deste post.

António Caeiro disse...

Pois é, até dói! E o tempo vai passando e a degradação da Ermida não para.
Um abraço.

Anónimo disse...

esse texto foi escrito por Tulio Espanca. Referilo como sendo da CMRM é uma usurpação de autoria inqualificavel.